quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Apple: o que será da empresa em 2013?



Apple Inc. Screenshot
2012 foi um ano bastante agitado para a Apple. A empresa viu, durante o período, grandes altos e baixos que ficarão para a história. Desde que Steve Jobs deixou seu legado nas mãos de Tim Cook, atual CEO da empresa, a Maçã tem recebido críticas de usuários e analistas, ora positivas, ora negativas. Diante do atual cenário da companhia, o que devemos esperar dela para 2013? 
Uma novela jurídica
Não dá para falar do ano da Apple sem lembrar de seus constantes episódios nos tribunais. A disputa acirrada de patentes entre a Maçã e a sul-coreana Samsung permeou o ano de brigas e confrontos judiciais. Por entre provocaçõesperdasdanosvitóriassobe-e-desce de açõesespeculações e uma briga interminável pelo mercado de smartphones e tablets, a novela entre as duas gigantes não tem previsão para acabar.
O julgamento sobre quebra de patentes ainda perdura, com a Apple tentando "arrancar" mais de 1,5 bilhão de dólares (mais de 3 bilhões de reais) da sul-coreana devido a danos por infração de patentes. Cansados de analisar o caso, especialistas já cruzaram seus braços e aguardam por mais um contra-ataque da adversária e seus advogados. A justiça ainda não soube colocar um ponto final no caso, uma vez que a cada novo raiar do dia, uma das empresas surge com um novo documento tentando denegrir a imagem da concorrente.
Breve Retrospectiva
Este ano foi marcado por muitos lançamentos e especulações acerca de cada novo produto que viria a ser anunciado pela Apple. Em 2012, o mundo deu boas vindas a um novo smartphone, o iPhone 5, bem como a vários outros dispositivos: novos iPods Touch, iPad de quarta geração, iPad mini, novos iMacs, MacBooks e Mac minis. Vários lançamentos, poucas novidades.
Especulações acerca das ações da companhia mostram que o próximo ano ainda é incerto. Um ex-funcionário da empresa afirmou que seu pico no mercado já foi atingido, e que agora a tendência é o declínio. Será a falta de Steve Jobs, um líder único, de personalidade forte, inovador e com a cara da empresa? De acordo com David Sobotta, ex-diretor federal do grupo de vendas da Apple, o atual CEOTim Cook, não tem perfil para ser líder, é inseguro e não é apaixonado por tecnologia. Fato é: os comparativos entre os dois executivos nunca darão trégua, enquanto Cook ocupar o cargo de CEO.
O erro da Apple talvez tenha sido em insistir em inovação e deixar seus clientes mal-acostumados. O famoso "i" de seus gadgets começa a perder o sentido a partir do momento em que não se cria, se reinventa (ou se muda de tamanho). Um grande exemplo disso é o iPhone 5: um smartphone elegante, funcional, com um novo sistema operacional, tela maior e de alta definição e um processador mais rápido - mas que continua sendo a cara do(s) seu(s) antecessor(es).
Outro exemplo? O iPad mini. Menorzinho, bonitinho e praticamente uma cópia do irmão maior. O representante do mercado de tablets portáteis surpreendeu pela leveza, espessura e design. Mas desapontou pela resolução da tela, autonomia de bateria e preço
Certas novidades caíram como uma bomba no colo de proprietários de iGadgets este ano. A Apple lançou um iPad de quarta geração meses depois de ter lançado o novo iPad. Foram dois iPads em um só ano: um em maio, outro em outubro. Quem comprou o gadget no início do ano ficou revoltado com o rápido upgrade oferecido pela empresa.
Já o lançamento do iOS 6 causou mais decepção que aprovação nas primeiras semanas. Depois de ter tido um grande deslize com o aplicativo de mapas, que antes era do Google, a Apple se viu em maus lençóis e Tim Cook pediu desculpas em público pela falta de precisão do Apple Maps.
Mais piadas surgiram na web e tudo isso culminou na demissão de Scott Forstall, vice-presidente sênior do iOS, após o fracasso do aplicativo. A saída do executivo acabou desorganizando a estrutura interna da empresa e deixou muito trabalho e responsabilidade acumulados para outros executivos.
Entretanto, a Maçã trouxe uma novidade interessante em seus novos computadores: o armazenamento híbrido, que mantém o sistema operacional na memória Flash da máquina, enquanto mídias e documentos ficam armazenados em disco. E para quem gosta de associar evolução com espessura, o iMac deu um salto gigante, ficando 40% mais fino que seu antecessor, com apenas 5 centímetros de largura.
O que pode vir por aí
A Apple não apresenta nada surpreendente há 4 anos. Seus novos produtos são, desde então, versões atualizadas do mesmo catálogo. Praticamente tudo que a empresa lançou em 2012 foi previsível, nenhum produto super interessante ou totalmente diferente do que já estamos habituados foi lançado. Sendo assim, o que se pode esperar da empresa para 2013?
As maiores expectativas dos analistas e especialistas se voltam para o lançamento de uma TV propriamente dita. Segundo a CNET, o rumor de que a Apple estaria trabalhando em um conjunto completo de TV veio de James Kisner, da Jefferies & Co, que ouviu dizer que uma empresa de TV a cabo americana, a Arris Group, estaria testando uma nova largura de banda especial para o produto. 
Além da TV, o que ficou a desejar e será muito bem vinda em 2013 é a tecnologia NFC, provavelmente integrada no próximo iPhone. Também não falta quem arrisca um palpite sobre as câmeras de campo de luz, que utilizam micro-lentes para capturar quatro dimensões de uma cena. A tecnologia permite fotografias muito mais rápidas e ainda torna possível ajustar o foco da imagem mesmo depois de ter sido capturada.
Outro rumor que circula a web é a fabricação de um iPhone mais barato, para as massas. O palpite é do analista Gene Munster, da Pipper Jaffray, e apoiado por Ben A. Reitzes, da Barclays Capital. A Apple enfrenta um market share altamente competitivo, batendo de frente com seu principal rival, o Android. Se a empresa realmente criar um iPhone de baixo custo, demonstrará seu desespero pela perda em participação de mercado para o concorrente. Mas, por outro lado, agradará as massas.
Aqui no Brasil, usuários e clientes da Apple estão revoltados com a política de preços dos dispositivos. Internautas brasileiros iniciaram uma onda de protestos contra o valor abusivo dos gadgets e computadores no país, criando uma página na Internet com a causa e um abaixo-assinado aberto a todos. O #AbusoApple pretende reverter a situação e conseguir preços mais acessíveis para o consumidor final, já que no país os produtos da maçã são extremamente caros. Mas isso não depende só da Apple.
Até o momento, a Apple continua com sua estratégia de manter os preços altos e reduzir um pouco o valor dos produtos mais "antigos". Será que teremos aí uma TV da Apple? Novos iPads mini com display Retina, iPads ainda mais finos, sistemas iOS 7 e Mac OS X 10.9 e um novo MacBook Air já são previsíveis. Apesar das opinões de analistas e especialistas, ainda tem muitos capítulos de novela pela frente e, até o momento, tudo não passa de uma grande especulação.

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